terça-feira, 6 de setembro de 2011

Tudo posso-Celina Borges

Cuidado com as paixões


É preciso tomar cuidado com as paixões impossíveis, nestes casos achamos que quanto mais difícil for para conquistar a pessoa, melhor, mais seduzidos ficamos. Isto não é amor, isto é vontade de ganhar, não é vontade de amar. Este amor idealizado é que gera sofrimento. Se o amor não é correspondido, deve-se simplesmente deixar a outra pessoa ir embora. Se um amor não correspondido está gerando muito sofrimento, provavelmente não se trata de um amor verdadeiro, sendo apenas uma idealização feita da pessoa, em que alguém se apaixona por aquilo que pensa que o outro é, e não por aquilo que ele realmente é.
Padre Fábio de Melo

Reze pelas pessoas que o perseguem




Quando dispomos o nosso coração para abençoar as pessoas com as quais convivemos, a luz de Cristo vem sobre nós e passamos a enxergar a vida e as pessoas com uma nova visão. Muitas vezes, as nossas amarguras, os nossos dissabores, os ressentimentos, as mágoas, o negativismo e as críticas obscurecem a nossa visão e o nosso coração e, assim, nos tornamos incapazes de ver as coisas como, de fato, elas são.

Somos convidados por Deus a olhar para nós mesmos, para as pessoas e para o mundo que nos cerca com o olhar de Jesus. Somente com o auxílio da graça divina somos capazes de perceber o que há de belo na vida, mesmo quando as dificuldades batem à nossa porta. Cultivemos o bom humor, a alegria e a disposição de amar e abençoar a todas as pessoas. Hoje não pode ser mais um dia na nossa vida.

Façamos hoje um firme propósito de abençoar e falar uma palavra de ânimo, de consolo e de bênção para o nosso próximo.

Pode ter certeza de que, ao agir dessa forma, você será o primeiro a ser beneficiado pela graça de Deus. Rezemos pelas pessoas que nos perseguem, que nos desprezam, que nos criticam, por aquelas que falam mal de nós e de quem temos antipatia.

“Quero, portanto, que em todo o lugar os homens façam a oração, erguendo mãos santas, sem ira e sem discussões” (I Tm 2,8).

Luzia Santiago(Canção Nova)

Por que se ama tanto o pecado?

Há quem brigue fazendo de tudo para defender o seu pecado



Sim, isso é uma pergunta, contudo, nesta circunstância, terei a ousadia de conjugá-la como uma afirmação: “Sim, amamos muito o pecado…”. Todavia, do título inicial quero conservar a interrogação: Por quê? Esta afirmação se fundamenta no ofício de observar e na arte de contemplar corações em um constante “debater-se” diante das razões e significados que compõem sua própria existência.

Ao observar alguém que abre mão de um vício/pecado, procurando desvencilhar-se dele por meio da renúncia, percebe-se – não raras as vezes – um profundo sofrimento e até mesmo revolta em virtude da ausência do pecado. É como se tal coração julgasse estar prestando um favor imenso a Deus por estar abrindo mão daquilo que mais ama.

Mas por que se ama tanto os vícios e pecados? Por que, comumente, se inventa tantas desculpas para justificá-los? E por que sofremos e nos debatemos tanto por sua ausência?

Há quem brigue fazendo de tudo para defender o seu pecado, para convencer a todos de que ele é algo normal, e que é, até mesmo, uma “virtude”.

Não se costuma ouvir pessoas dizendo: “Eu não aguento mais ficar sem adorar a Jesus na Eucaristia. Já estou ficando louco! Preciso adorá-Lo agora!”. Mas, infelizmente, é comum ouvir muitos entoando: “Não aguento mais ficar sem sexo (desregrado/fora do matrimônio), sem bebidas, drogas, prostituição, nem sem pensar e falar bobagens… Estou ficando louco sem isso!”.

É lastimável, mas, na maioria das vezes, Deus fica tão pequeno dentro de nós diante da força e expressão que possui o pecado, que dá até – metaforicamente falando – para ter dó d’Ele, pois, Ele acaba ficando sempre em segundo plano diante do amor que o homem nutre pelo pecado.

“Faz-se de tudo para possuir o que se ama!”. Diante de tal enunciado desvela-se a imprecisão de muitos corações que professam um amor profundo a Deus, mas não são capazes de “mover uma palha” para estar com Ele e saber um pouco mais como funciona o Seu belo coração. “Amam” tanto a Deus, mas não são capazes de deixar, muitas vezes, de assistir a um jogo de futebol para ir à Santa Missa… Contudo, para estar com o pecado parece que a disposição é sempre nova e real.

Perguntemo-nos: Pelo que meu coração tem lutado? O que ele tem verdadeiramente buscado e desejado? E mais: o que ele tem amado? É preciso ser realmente sincero consigo para responder a essas perguntas e para perceber onde, de fato, se tem ancorado o próprio coração.

O caos – ausência de ordem – estabelece-se quando o princípio que move o coração deixa de ser Aquele que o criou. Assim, os próprios valores desvalorizam-se e o homem fica de “ponta cabeça”, valorizando o circunstancial – aquilo que passa – e esquecendo-se do eterno – lugar onde reside a verdadeira realização.

Exerçamos com sensibilidade essa observação e descubramos sinceramente em que paragens tem peregrinado o nosso coração. Para assim podermos, com inteireza e responsabilidade, direcioná-lo ao seu verdadeiro bem.


Padre Adriano Zandoná